O que é Tanatopraxia?
No que diz respeito à origem grega da palavra, tanatopraxia significa “o que se faz habitualmente diante da morte”, isto é, quais as providências que se devem tomar frente ao fato ocorrido. Nos dias de hoje essa denominação representa a prática de uma técnica, já desenvolvida em outros países, utilizando meios modernos para a preparação de corpos humanos, vitimados das mais variadas formas de óbitos. Corresponde a aplicação correta de produtos químicos em corpos falecidos, visando a desinfecção e o retardamento do processo biológico de decomposição, permitindo a apresentação dos mesmos em condições surpreendentemente melhores para o velório.
A Tanatopraxia, realizada em ambiente equipado apropriadamente (Tanatório), é feita por técnicos habilitados e especialmente treinados (tanatopraxista). Tal treinamento é obtido em Cursos básicos e avançados de tanatopraxia, promovidos pelo Centro de Tecnologia em Administração Funerária – CTAF em parceria com a Universidade Estadual Paulista, onde o Departamento de Anatomia do Instituto de Biociências da UNESP/SP coordena e ministra as aulas teóricas e práticas. Esses cursos de Extensão Universitária, com número limitado de vagas, destinam-se diretamente ao treinamento de diretores e agentes funerários, devidamente credenciados e registrados para tal fim.
O importante benefício social com a aplicação desta metodologia pode ser observado entre os tempos em que não se praticava a tanatopraxia e os dias de hoje. Na grande maioria das vezes, pode-se atender às necessidades que o cadáver requer, devido às condições de falecimento e “causa mortis”, ou solicitações dos familiares, tais como a preservação por um tempo mais prolongado de velório, em condições ambientais normais, sem a necessidade de um sistema de refrigeração.
Esta metodologia, cujo pioneirismo da implantação no Brasil no início de 1994, juntamente com o Diretor Funerário Lourival Panhozzi, muito nos orgulha, é sem dúvida uma grande revolução no setor funerário o qual passa a prestar serviços de melhor qualidade, se equiparando a países bastante desenvolvidos da América do Norte e da Europa.
Prof. Dr. Oisenyl J. Tâmega e Prof. Dr. Progresso J. Garcia